domingo, 26 de julho de 2009

Avanço das drogas sintéticas preocupa o Brasil

Com o aumento no consumo - estima-se que sejam 480 mil usuários no País - e de mortes por overdose, a luz vermelha foi acesa nos órgãos responsáveis pelo monitoramento e combate ao tráfico de drogas.
O medo é de que, além de grande consumidor, o Brasil pode se transformar num pólo de fabricação e distribuição de drogas sintéticas para a América Latina.
E "estímulos" não faltam. Só no ano passado, esse comércio movimentou no mundo US$ 25 bilhões (R$ 42,5 bilhões) sem a necessidade de utilizar milhares de hectares de terra - como é necessário no cultivo de maconha e cocaína. "A motivação do traficante de ecstasy não é nada diferente do traficante de outra droga: busca de dinheiro rápido, financiar o próprio uso e obter status.
O que chama atenção é que esse jovem traficante de classe média, no caso, o que comercializa a "bala", é alguém que tem perspectiva de vida", analisa Murilo Battisti, psicólogo e pesquisador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Uma pesquisa realizada pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) em 108 cidades com mais de 200 mil habitantes revelou que o número de pessoas que já fizeram uso de ecstasy ou outra droga sintética no ano já é semelhante ao de cocaína.
"É uma droga nova, mas seus efeitos são tão devastadores como qualquer outro entorpecente. Parece que os jovens não têm essa consciência.
Esquecem que o ecstasy muda o comportamento e leva, inclusive, ao sexo sem proteção, o que dá margem para outros problemas, como a Aids", afirma o o representante Regional do Escritório da ONU contra Drogas e Crime (Unodoc) para o Brasil e Cone Sul, Giovanni Quaglia.
Perigo invisível
Desde o último domingo, O Dia mostra o avanço do ecstasy no Brasil e os perigos que as "balas" representam para os jovens. Além dos riscos comuns a todo tipo de droga, os comprimidos importados via Europa, África e América do Sul chegam ao Brasil muitas vezes fora da validade ou com contaminações diversas, devido à manipulação descuidada pelo traficante.
Para as famílias, a ameaça se torna mais grave, pois usuários não se consideram dependentes e, muitas vezes, vendem a droga sem perceberem que estão entrando para o mundo do tráfico.
O risco do "usuário social"
Na opinião de pesquisadores, os chamados "usuários sociais" representam um desvio nas estatísticas de usuários de ecstasy.
Como consomem a droga somente em festas, nos fins de semana, eles não admitem o vício. No entanto, sofrem dos mesmos problemas dos dependentes químicos e com um agravante: quem toma "bala", geralmente, como revelam os números, também faz uso de cocaína e álcool.
"Esses usuários são aqueles que dizem que não são viciados, mas são quem verdadeiramente sustentam o tráfico. Eles usam esporadicamente a droga, mas mantêm ativo o mercado de entorpecentes. Já tive vários casos de pacientes de ecstasy que perderam o emprego por causa do vício, mas sem assumir a dependência.
Eles vão para os eventos e, na segunda-feira, têm que retomar as atividades normalmente, só que os efeitos da droga acabam interferindo. Eles se recusam a ver isso", afirma a psiquiatra Maria Thereza de Aquino, diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas.
Fonte: Dourados Agora

sábado, 25 de julho de 2009

Alcoólatra dentro da empresa

Cerca de 25% dos acidentes de trabalho que ocorrem no Brasil estão ligados ao consumo de drogas, principalmente álcool, segundo especialistas que participam em São Paulo do 37º Simpósio Internacional sobre a Prevenção e o Tratamento de Alcoolismo e o 20º Simpósio Internacional sobre a Prevenção e Tratamento da Drogadependência. Mas o País apresenta também um dos maiores índices mundiais de recuperação - 60% a 80% - de trabalhadores alcoólatras em terapia de grupo desenvolvido dentro das próprias empresas.

Mais de 150 especialistas estão reunidos nos eventos promovidos pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos de Alcoolismo e Farmacodependências do Hospital das Clínicas (Grea) e pelo International Council on Alcohol and Addictions (Icaa), da Suíça. Os encontros foram abertos ontem (1) e prosseguem até sexta-feira, no Maksoud Plaza.

De acordo com o coordenador do Grea e presidente da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas (Abead), Arthur Guerra de Andrade, o número de pessoas que apresentam problemas físicos e psíquicos causados pelo álcool aumentou em 50% nos últimos 10 anos.

A principal causa deste crescimento é a crise econômica. Hoje 22,5 milhões de pessoas tomam bebidas alcoólicas com freqüência. "A falta de dinheiro provoca problemas de ordem social e psicológica", disse Guerra Andrade, que também faz parte do Conselho Federal de Entorpecentes (Confen).

Entre os jovens de 12 e 16 anos, 90% experimentam álcool pelo menos uma vez. Quanto às drogas, o consumo atinge de 6% a 8% da população. "O perfil do Brasil mudou nos últimos anos", salientou o coordenador do Grea. "De rota de tráfico, o País passou a ser também consumidor e produtor".

A experiência brasileira na recuperação de trabalhadores alcoólatras está entusiasmando os americanos e europeus, disse, John E. Burns. Segundo ele, a estrutura funcional adotada pelas empresas no Brasil possibilitam um trabalho de terapia de grupo com resultados muito positivos.

Fonte: Catho

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Alcoolismo no hambiente de trabalho.

“O alcoolismo é uma das mais importantes questões no que diz respeito à saúde pública. Relacionado com a violência urbana e doméstica, com os acidentes de trânsito e do trabalho, tornou-se uma das principais causas de concessão de benefícios de incapacidade para o trabalho, assim como de absenteísmo. Os gastos com danos diretos e indiretos decorrentes do uso abusivo de álcool também estão entre os mais expressivos do setor saúde.
Este livro é uma contribuição ao estudo da psicopatologia do trabalho e da prática de programas preventivos ligados ao uso abusivo de álcool e drogas nas empresas. Trata-se de um estudo aprofundado, tanto teórico quanto prático, do estudo das relações relativas à interface entre o consumo abusivo de álcool e sua relação com o trabalho.
Alcoolismo no trabalho é uma produção que se insere na visão de como o ambiente de trabalho – hipótese demonstrada a partir da pesquisa com trabalhadores de uma instituição universitária – por um lado, pode ser palco de intervenções, terapêuticas ou mesmo patológicas, e, por outro, pode atuar no plano da prevenção primária do alcoolismo entre os trabalhadores. Um ponto alto deste livro é a análise do caso dos mestres cervejeiros, a partir de outra brilhante pesquisa desenvolvida por Magda Vaissman, que nos demonstra, pela primeira vez, situações em que o alcoolismo pode ser considerado uma doença adquirida no exercício profissional.
Estou certo de que este livro vem agregar muitos conhecimentos inovadores na formação teórica e prática de estudantes e profissionais que atuam no campo da prevenção e tratamento do uso abusivo de álcool e outras drogas, principalmente daqueles que atuam em empresas e outras organizações, construindo e desenvolvendo projetos de intervenção no campo da dependência química.
Alcoolismo no trabalho é uma obra que condensa, renova e amplia a melhor literatura disponível sobre o tema. Tenho a expectativa de que os debates e propostas nele contidas venham a catalisar e estimular as ações do Poder Público e da sociedade na construção de alternativas e resoluções para o enfrentamento do problema da dependência química em nosso meio social.”
Paulo Amarante
SOBRE A AUTORA
Magda Vaissman é formada em Medicina, mestre em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental pela Universidade Federal e doutora em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenadora do curso de extensão "Álcool e Drogas: A Contribuição da UFRJ" e da Unidade de Problemas Relacionados ao Álcool e outras Drogas - UNIPRAD/HESFA/UFRJ.

domingo, 19 de julho de 2009

Percebendo!!

Através da nossa capacidade de perceber o mundo e a nós mesmos nós moldamos, ativamos, atualizamos ou deixamos de lado nossos modelos mentais ou parte deles. Quanto mais rica, fiel e flexível estiver nossa percepção, melhores as opções que teremos para avançarmos rumo ao que queremos e para reconhecermos quando já chegamos lá.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A luta contra o crack

No Profissão Repórter do dia 30 de junho, Caco Barcellos e sua equipe mostraram o duro retrato do consumo do crack no Brasil. Depois de 60 dias do início das gravações, eles voltam aos mesmos locais para mostrar o que mudou. Caco Barcellos vai à Cracolândia e registra a ação da polícia e o protesto de comerciantes contra a presença dos dependentes de drogas No centro de São Paulo. Os repórteres Thiago Jock e Mikael Fox voltam à clinica de tratamento de dependentes de crack, reencontram os internados e registram o emocionante encontro com suas famílias. E a repórter Mariane Salerno conta uma história por trás das mais de 500 mensagens que chegaram ao site do Profissão Repórter depois da exibição do primeiro programa. Ela vai retratar a história de um jovem usuário de crack, preso após cometer um furto para pagar dívida da droga. A equipe acompanhou a visita da irmã ao presídio e mostrou a rotina dele antes de ser preso.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Drama nas cadeias

80% das mulheres presas em São Paulo entraram no crime por amor
Não raro, a alma feminina é aprisionada pela paixão de um homem.
E é para protegê-lo e ajudá-lo que 80% das mulheres que vivem atrás de grades em São Paulo cometem crimes em nome de um amor bandido.
Depois, amargam a solidão. A maioria é abandonada pelo companheiro.
Àquelas que querem apagar a experiência de viver como bicho em jaula, resta o amor dos filhos, talvez da família.
E o sonho de encontrar um emprego ao sair da cadeia, recomeçando a vida com um pouco de dignidade.
A advogada Lúcia Maria Casali de Oliveira, de 62 anos, diretora executiva da Fundação Professor Dr Manoel Pedro Pimentel de Amparo ao Preso (Funap), acrescenta que, desses 80% das mulheres que ingressaram na vida criminosa para ajudar seus companheiros, a maioria está presa por envolvimento com drogas.

Aumentam licenças por dependência.

A cada três horas, uma pessoa é afastada do trabalho para tratar a dependência química no País, revela relatório do Ministério da Previdência Social.
Apenas em janeiro deste ano, foram concedidas 2.506 licenças, por mais de 15 dias, para dependentes do consumo de álcool, maconha, cocaína, anfetamina.
O número reflete apenas uma das faces da influência das drogas no mercado de trabalho, já que expressa o problema só entre os que têm carteira assinada no Brasil.
Os dados mostram ainda que a dependência está em alta entre empreendedores, médicos, advogados, economistas, lixeiros, professores, funcionários públicos, todos do grupo cada vez mais amplificado nas estatísticas de transtornos de saúde desencadeados pelo uso de entorpecentes.
Enquanto no ano passado os peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concederam 31.721 afastamentos para funcionários dependentes, em 2007 foram 27.517 licenças, o que indica um aumento de 15%.
"O aumento nos números é multifatorial", avalia o médico Jarbas Simas, presidente da Sociedade Paulista de Perícias Médicas.
"De uma maneira geral, a crise pela qual passa a sociedade, a econômica inclusive, está levando o ser humano a procurar rotas de fuga e isso reflete em maiores índices da dependência química.
Por outro lado, os métodos de diagnósticos, o controle das empresas com relação aos funcionários dependentes e a conscientização de que o assunto deve ser tratado como doença, também foi ampliado, o que influencia no aumento", afirma Simas.
Fonte: Jornal da Tarde Fernanda Aranda

Associação critica CBF sobre venda de bebidas na Copa de 2014

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assinou no dia 25 de abril de 2008, com representantes do Ministério Público, um documento pelo qual proíbe bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros.
No entanto, no dia 9 de junho de 2009. O COL (Comitê Organizador Local) da Copa-2014 avisou às cidades-sedes que terão de fazer leis para liberar a venda de álcool nos estádios do Mundial. Esta medida foi duramente criticada pela Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead) em uma nota divulgada nesta terça-feira.A mudança de atitude da CBF e do COL é explicada por um contrato milionário da Budweiser com a Fifa, que se estende até 2014. O acordo prevê a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, como nas últimas seis Copas do Mundo."Por conveniência econômica, o Brasil corre o risco de regredir em um tema de inegável relevância e interesse público. Cotidianamente, são apresentadas diversas soluções possíveis para o problema da violência nos estádios de futebol.Em meio à diversidade de opiniões, uma das ações essenciais a qualquer plano efetivo é a proibição da venda de álcool nos estádios e nos locais próximos a eles: as evidências científicas que relacionam consumo de bebidas alcoólicas e comportamento violento são conclusivas", diz a nota assinada pela presidente da associação, Analice Gigliotti.
A associação sugere ao presidente da CBF e do COL que reconsidere a recomendação feita às cidades-sede. "A realização da Copa do Mundo deve, além do espetáculo esportivo, culminar em melhorias para a população brasileira. Para que nosso país comece a jogar limpo também fora das quatro linhas".Minha pergunta é, o que seria melhor para a população?vender e investir a curto prazo, um dinheiro que nunca se vê? ou proporcionar um evento sadio?até quando o dinheiro vai passar por cima das qualidade de vida, das pessoas, essas que são afetados, por pessoas que nem frequentam estádio, e nem assistem ao jogos, mas acompanham o extrato bancário, acreditando que essa é a verdadeira qualidade de vida.grato.

domingo, 12 de julho de 2009

Auto medicação e uso abusivo com outras drogas.

Muitas pessoas são portadoras de uma doença e não sabem disso.
É comum que uma pessoa com depressão , ao ingerir uma dose de álcool sintir-se melhor.
O mal estar produzido pela depressão , "melhora" com o uso do álcool.
Mais essa melhora só dura enquanto a pessoa está com álcool no sangue.
O deprimido passa a beber porque sente-se melhor.
Temos , então, um típico caso de auto medicação com o álcool.
Só que o álcool é um péssimo anti depressivo , pois quando o seu efeito acaba a depressão piora. Por isso um bom diagnóstico, ajuda muito o processo de recuperação.
É comum tambem, a auto medicação com maconha, cocaína e etc.
Normalmente quando conseguimos que o paciente consiga manter-se sóbrio por um periodo, passado os efeitos colaterais do uso abusivo de uma determinada substância, fica mais fácil diagnosticar se havia um histórico de commportamentos inadequados anterior ao quadro da dependência.

Alcoolismo na gestação!

O uso do álcool pelas mulheres grávidas também merece atenção especial na saúde pública, devido à grande prevalência e ao dano por ele provocado.
A incidência da forma completa da síndrome alcoólica fetal, que envolve alterações no crânio, face e outras malformações, além de retardo mental e déficit de crescimento, é estimada em aproximadamente de 2,8-4,6 a cada 1000 nascimentos nos Estados Unidos.
esta prevalência sobe para 9,1 a cada 1000 se forem adicionados os casos de crianças com transtornos do desenvolvimento neurológico relacionado com o álcool, que não caracterizam a síndrome do álcool fetal. Este conjunto de problemas torna, as conseqüências do uso de álcool pela mulher grávida, uma das mais importantes causas de retardo mental. Por este motivo, e pelo desconhecimento de uma dose limite segura, é recomendada a abstinência total de álcool durante a gravidez. Existe uma grande carência de estudos sobre a epidemiologia dos efeitos do álcool sobre o feto no Brasil, mas acredita-se que ele represente um grande problema de saúde pública.

Quem somos?

Somos uma empresa de assessoria e consultoria.
Atuamos nos diferentes segmentos, prestando serviços, de forma simples, e objetiva, voltado ao desempenho dos colaboradores, gestores, etc...
Na busca por um ambiente mais saudável, e confortável à todos.
Se no passado os investimentos organizacionais eram direcionados para tornarem os profissionais especialistas em determinada função, a realidade globalizada mostra que essa visão foi acrescida de outras iniciativas que consideram o colaborador mais do que uma “coleção” de títulos e certificações que atestem sua capacidade para exercer determinada função. Além de contarem com competências técnicas, hoje os funcionários são convidados a desenvolverem o lado comportamental e isso inclui a adoção de atitudes que melhorem a qualidade de vida das pessoas.
Diante dessa constatação, as organizações cada vez mais adotam programas que impactam diretamente na vida dos colaboradores, dentro e fora dos portões corporativos, contribuindo para qualidade de vida de todos, até mesmo do cliente final.